MORTO NÃO COME NEM BEBE, E AI?
Mas foi isto que Rute ressaltou quando disse “ (o Senhor) que ainda não tem deixado a sua benevolência nem para com os vivos nem para com os mortos” (Rute 2:20).
Lembrei de quando, mais de uma vez lemos: “Deus dos vivos e dos mortos”
Creio que como Ele, (Deus), diz: ” visito a maldade dos pais nos filhos, até a 3ª e 4ª geração daqueles que me aborrecem”, Ele é benevolente para com todas as gerações de descendentes, daqueles que o conheceram verdadeiramente, seguiram seus ensinos e lhe estiveram sujeitos. Por isto o Salmista diz: “nunca vi o justo desamparado nem a sua prole à mendigar o pão”.
Aproveitando o ensejo, sobre comer e beber, julguei oportuno ir mais além -
E ANJO, come? Fiquei curioso quando lendo o precioso livro do irmão Marcos Senghi Soares, quando no capitulo que discorre sobre Gideão, este juiz, recebendo a ilustre visita do Anjo do Senhor, caprichou num cardápio e levou para Ele comer. Creio que por maior que fora a destreza dos “chefs”, demorou um bom tempo para o preparo dos pães, do cabrito e do caldo. O óbvio seria “detonar” aquele banquete - possivelmente só o cheiro foi o bastante. Jz. 6:17-21. Não pesquisei mas lembrei-me de Abrão que também recebeu visita do Anjo do Senhor e desta vez, mais dois com Ele (Gn. 18:6,70; o cardápio foi semelhante, creio que a demora a mesma e também deveria estar pra lá de saboroso e desta feita, o banquete teve o “final feliz” - desejado e merecido. Fiquei intrigado com a diferença de atitudes – numa e outra ocasião e creio que ANJO COME; no caso de Gideão penso que a decisão, tomada pelo Anjo foi em função da necessidade de Gideão o (Tomé do VT) – “ver para crer” (e ele provou isto mais adiante) e o Anjo do Senhor sabia disto de antemão .
Ocorreu-me também que, como diz o escritor aos Hebreus, “muitos sem saber hospedaram anjos” e eu resolvi fazer companhia para o “anjo” Laurindo José dos Santos num trabalho de visitação em Piracicaba-SP (naquele tempo, 1963, residia em Moinho Velho/Ipiranga-SP); aproveitando férias, fui para uma semana de “bênçãos sem medida”. No dia seguinte a chegada, 7 horas, ouvimos um buzinaço - era o irmão Souto, taxista, com seu Citroen, que nos levaria para visitas programadas ( o “anjo” Laurindo não era “marinheiro de 1ª viagem”, eu sim); estávamos hospedado na Fazenda do irmão Florindo, no Torto e dali o irmão Souto partiu e, mato a dentro (me assustei julgando que o Citroen, baixo como era, iria “estourar” o cárter no mato - até o carro “conhecia” os caminhos); agora que é: 1ª visita, café corajoso (sozinho); 2ª visita, igual; creio que na 4ª (mais de ½ dia), a irmã, abençoada irmã, alvo da visita nesta hora, prontificou-se a servir um café – (mais 1), e o “anjo” Laurindo desta vez, “revestiu-se de coragem” e partiu para “cima” da irmã com a maneira de ser, só dele, especial: “irmãzinha será que não vai fazer mal mais um café antes de almoçar? A irmã com as mãos nas “bochechas”, atônita, emendou : como assim? Os irmãos ainda não almoçaram? (o almoço costumeiro, da roça, teria sido servido as 9 horas); esta hora já seria, normalmente, a do café (agora, não mais corajoso mas acompanhado com bolo de fubá, rosquinhas de nata etc.). Eu não sei de que maneira (fogão a lenha é certo que havia) mas os ingredientes e o curto espaço de tempo em que foram preparados, foi recorde; – e isso para quem já estava pra lá de ávido por alimentos consistentes – comemos e como, e ai o 2º capitulo, como disse: na próxima visita já era hora de café bem acompanhado – perdemos, (não tinha onde colocar as delícias preparadas para o café). Se bem me lembro, o almoço foi suficiente até chegarmos de volta a fazenda e creio que algo “leve”, antes de dormir. (Não estou seguro se foi nesta noite ou outra que quase varamos a madrugada às voltas com alguns questionamentos do irmão anfitrião; – se me lembrar e for oportuno, escreverei,permitindo Deus). Abraço! Grato!