UM BALÃO COM 80 ANOS!
Não sei se poderia chamar isto de ALEGORIA, mas aconteceu de
estar acordando de um breve sono e nas agruras da crise respiratória na madrugada,
pra variar, de mais um Domingo, abrindo uma nova semana, e com perspectiva
evidente de não estar presente no Partir do Pão e ED em seguida; procurei como
em outras madrugadas aproveitar a deixa para
meditar e orar, ainda que intercalada pela luta, e surgiu isto: voltei a
infância e recordei uma das minhas “paixões” (hoje se diria Hobbe Fissurado....), BALÃO – confeccionar era
craque, modéstia a parte; convencer a mamãe e conseguir a “grana” para comprar
folhas de seda, cola, estopa, breu,
parafina, querosene, era o problema;
naquele tempo não era proibida esta prática; no céu os balões até davam
trombada – era muito divertido passar horas e mais que certo, conseguir torcicolo;
ficava lá até (mentalmente) cantarolando “Cai, cai, balão; cai, cai balão, aqui
na minha mão...” – creio já falei sobre isto mas vou aqui repetir -: meu amigão
e irmão desde a infância, JOSÉ MUNHOS, numa noite estávamos, como de costume,
parados num cruzamento para despedida, quando saiu de perto de mim numa
disparada, e voltou com um CAIXA de 8 folhas e me deu como presente; isto era
pra quem chegava primeiro e olha lá, - geralmente havia chega pra lá e o balão pegava
fogo ou era triturado, mas chegou tão perfeito que o soltei no dia seguinte; - tenho
uma miniatura de um balão peão, feito de papel de propaganda, por uma amiga, Valéria (filha da irmã
Marlene), exposta aqui em minha mesa).
Posto tudo isto, me ocorreu a TAL – solto o balão (não era
craque nesta tarefa – não sei se errava no tamanho da boca ou na capacidade da
mecha e, geralmente não tinha alegria/gozo completos); com um pouco de relutância lá foi de vagar
quase ficando pelo telhado, pegou uma linha de vente e virou um foguete e ai a
expressão gratificante – PEGOU NO BREU;
dá-lhe pescoço – o dito cujo vai diminuído de tamanho, fica quase invisível, as
vezes coberto por alguma nuvem e de repente começa a cair e a expressão
desoladora: ESTÁ COMEÇANDO A CHUMBAR; lá
vem ele voltando rapidamente, a certa altura, bem já cá embaixo, murcha e não queima
(quando a mecha apagou totalmente ou se queimou totalmente desprendendo-se do arame) E COMEÇA A FLUTAR – fica num sobe e desce, daqui pra lá,
e assim vai e então desisto de vê-lo cair de vez – vai cair mas demora.
Quando a Palavra de Deus nos alerta quanto a duração de
nossa vida – Salmo 90, quando diz: “70 a 80... e enfado e canseira” - assim estou eu. Em permitindo o Senhor, chego lá em 28
próximo e como aquele Balão caixa de 8 folhas, que já não era “Marinheiro de 1ª
viagem”, sabia” o que era voar, flutuando,-
cai não cai, com minhas “...AGRURAS DESTA VIDA....”, só contado com as FORÇAS
que chegam cada instante, sem medida, fruto de orações inclusive e muito
especialmente de queridos irmãos que,
como eu muitas vezes consigo, (baixando os braços e tomando um folego extra), sair
do Brasil, ir para o Paraguai, Argentina, Chile, Estados Unidos, Inglaterra mais
frequentes, e outros.
Grato pelo carinho e paciência em ler e me ajudar. Abraços.
DEUS SEJA LOUVADO!
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